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AINDA SOBRE A QUESTÃO DO DESENVOLVIMENTO

 

 

Jose Carlos Pereira Cavalcante

Bacharel em Ciências Econômicas pela UFPB

Pós graduado em Matemática (Área de pesquisa Análise Complexa) pelas FIJ

Aluno do MBA em Marketing e Gestão de Equipes pela UCAM

 

 

 

 

      As condições de mercado são necessárias e suficientes para explicar o sucesso ou insucesso dos programas e políticas econômicas de desenvolvimento?

      No caso da América Latina, os princípios neoliberais parecem ter resultado num processo de semi estagnação entre o final da década de noventa e início do segundo milênio. Segundo a lei de Say, toda oferta cria a sua própria demanda. Essa afirmação levou Walras a supor que, se existem n mercados e n-1 mercados que alcançaram o equilíbrio, o n-ésimo mercado também estaria em equilíbrio. No entanto, alguns estudiosos apontam para a insuficiência do mercado como um obstáculo em potencial ao processo de desenvolvimento, e que a estratégia de unir os países em blocos econômicos, na tentativa de aumentar e fortalecer o mercado, pode, no entanto, gerar um processo assimétrico de desenvolvimento dos países integrantes. Neste sentido, deve-se ter em mente que, no processo de desenvolvimento de dentro para fora buscando-se a ampliação de seus mercados, as nações mais desenvolvidas terão de abrir mão de uma parcela de seus mercados, e que neste processo, há o aumento do escoamento de sua produção, mas também, a absorção e troca de tecnologias e ideologias, que podem causar barreiras e mudanças no comportamento e configuração dos mercados. Nesse ponto, Marx critica a atuação da lei de Say sobre os mercados, pois estes deveriam estar identicamente iguais ( produção e consumo), havendo assim uma anulação da poupança, o que para Marx não aconteceria por conta da instabilidade gerada pelas contradições do sistema capitalista. Segundo Marx, o capitalista investiria todo o seu lucro na produção de novos bens de capital na tentativa de aumentar a sua acumulação, e desta forma os novos investimentos em bens de capital produziriam novo excedente que seria consumido no novo ciclo. Para Keynes, o processo de entesouramento causado pelo aumento da poupança constituiria uma importante ferramenta de controle da demanda e, consequentemente da oferta, pois reduziria a demanda efetiva via redução da taxa de lucro.  Atualmente, existe o direcionamento do olhar de estudiosos para a chamada teoria dos ciclos econômicos, onde haveria a ocorrência do equilíbrio de pleno emprego dos recursos, e os ciclos econômicos seriam resultantes das intervenções estatais na economia.  É de observar que, estas considerações até aqui expostas, levam em consideração a economias de grande porte, para economias com mercados menores, são apresentadas outras análises teóricas por estudiosos da escola Cepalina, dentre eles Celso Furtado.

 

 

Bibliografia

 

Rossetti. Política e Programação Econômicas

Celso Furtado. Pequena Introdução ao Desenvolvimento Econômico

Celso Furtado. Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico.

Marshall. Desenvolvimento Para que e Para quem?

Minsky. Estabilizando uma economia instável.

Joffe. A experiência européia fracassou?

Sandroni. Dicionário de economia.

Magalhães. Uma nova estratégia de desenvolvimento para o Brasil, um enfoque de longo prazo.

 

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